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Publicado por em 2 de agosto de 2018

Afinidade entre amigos pode ser explicada pelo DNA, apontam estudos

Durante muito tempo, cientistas reconheceram que amizades tendem a se formar com base em escolhas de pessoas que têm características em comum. Costuma-se optar por ser amiga ou amigo de quem tem idade, etnia, classe, nível educacional, aparência e até mesmo um aperto de mão parecidos com os próprios.

A prevalência da homofilia – tendência de fazer amizade com pessoas com quem se tenha a maior semelhança demográfica possível – já foi observada em várias comunidades no mundo inteiro, seja antigo ou moderno. Historicamente, os seres humanos sempre tenderam a formar relações próximas com pessoas que não lhes parecem tão estranhas.

Há mais de dois mil anos, Platão comentou em seu diálogo Fedro que a “similaridade gera amizade”. E Aristóteles escreveu que “alguns a definem como uma questão de semelhança; dizem que amamos aqueles que são como nós: daí os provérbios ‘o igual encontra seu igual’ e ‘pássaros da mesma plumagem voam juntos’.”

No entanto, de acordo com um número crescente de pesquisas, você e seus amigos podem não apenas gostar da mesma comida e dos mesmos memes na internet, ser da mesma altura ou da mesma idade. Pesquisas recentes sugerem que o sinal de uma forte amizade também pode ser encontrado no DNA humano.

“As pessoas encontram afinidades com outras que têm os mesmos fenótipos – o que se traduz em comportamentos, altura, índice de massa corporal, condições de saúde e vícios – e isso tende a nos classificar geneticamente”, diz Dalton Conley, um dos autores do estudo.