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Publicado por em 26 de março de 2019

É touch? Como lidar com essa geração que já nasce conectada

A TECNOLOGIA INVADIU NOSSAS VIDAS, POR ISSO ALGUNS CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS

Há quase 15 anos, quando queríamos conversar com algum amigo, a gente era obrigado a pegar o telefone fixo e fazer uma ligação para a casa dele. Hoje, tudo está completamente diferente. Temos à nossa disposição um mundo de informações, jogos, pessoas e ferramentas que facilitam nossa vida, tudo à distância de um toque.

A tecnologia mudou a forma como nos relacionamos. É fácil perceber que conversamos mais com nossos amigos por aplicativos do que pessoalmente, afinal, temos pouco tempo disponível para encontros face a face. Agora precisamos pensar: nossos filhos já nasceram nesse meio, cercados de eletrônicos e conectados com o mundo digital. E como lidar com isso?

O mundo da comunicação mudou e fechar os olhos para isso seria um erro. Não podemos negar a existência da tecnologia e colocar nossos filhos em uma redoma de vidro, mas também o uso totalmente liberado dela não é considerado saudável pela maioria dos especialistas.

As crianças do século 21 se entendem muito bem com qualquer eletrônico que seja dado a elas. Elas administram qualquer função e vão atrás de seus interesses na web. Esse é o caso do Cauã, de 10 anos, filho de Vanessa e Carlos, que aprendeu a falar inglês, espanhol e agora está arranhando o alemão. Tudo isso através do Google. “Ele pesquisa muito e vai atrás das informações até esgotar o que ele quer saber. Sempre estamos por perto, ele não usa completamente sozinho, sabe dos perigos”, afirma a mãe do Cauã. Essa é uma preocupação constante dos pais, afinal, eles têm medo do que os seus filhos podem encontrar nas inúmeras páginas que abrem na rede.

A preocupação não é em vão. O Google, maior buscador da Internet, está mais do que ligado nessas questões e indicam alternativas aos pais. “A gente oferece diversas ferramentas para que os responsáveis possam fazer essa difícil tarefa. O primeiro ponto é um guia disponível na nossa Central de Segurança”, explica Rodrigo Paiva, gerente de produto na equipe de Segurança do Google, filho de Nair e Vanderlei.

Esse guia foi construído em conjunto com ONGs brasileiras para que os adultos possam entender quais as melhores formas de orientar e se comunicar com os filhos na hora de delimitar o uso da internet. As indicações vão desde um diálogo aberto e sincero, até instruções para a proteção das senhas. Você pode conferir o guia completo aqui: bit.ly/googlefamília

O segundo passo é o filtro das buscas realizadas na plataforma. “O Safe Search limita o conteúdo que as crianças têm acesso no momento da busca. O principal objetivo é bloquear o conteúdo explícito”, conta Rodrigo. Você também pode acessar a ferramenta através da Central de Segurança.

Mas é preciso ter equilíbrio. Controlar o uso dos eletrônicos em casa pode ser uma tarefa árdua. Imagina então se você tem várias crianças querendo jogar ao mesmo tempo. Esse é o caso da Daniela Finotti, dona do blog mamaedemuitos.com, mãe de Diogo, 17 anos, João Pedro, Carolina, Isabela, 9 anos, e José Luiz e Gabriel, 3 anos. A casa dessa galera tinha de tudo para ser o maior descontrole no quesito tecnologia.

“O João Pedro sempre gostou de brincar com os jogos e teve um dia, com 6 anos de idade, que ele fez xixi nas calças porque não queria parar de jogar. Foi então que percebemos que meus filhos precisavam de limites”, conta Daniela. As crianças dividem o videogame, o computador e o tablet. Cada um tem meia hora para jogar e o tempo é contado com um timer. Eles sabem que se extrapolarem aquela marca, no dia seguinte não tem brincadeira e terão que se divertir de outra forma.

Cada família vai encontrar o seu limite e as suas próprias regras de acordo com a dinâmica da casa. “Enquanto estiver confortável para os pais, a criança não estiver deixando de interagir com a família ou não estiver atrapalhando os estudos, os jogos podem ser autorizados. É importante que os pais estejam no comando”, explica a psicóloga especialista em intervenção familiar do Instituto Terapia Sistêmica, Cristiane Alves Lorga, mãe de Luísa.

Fonte: Site Pais e Filhos